Desde a estreia do grupo da Terra Firme, MBGC, nos anos 1990, Belém é uma capital que rende bons frutos em se tratando de rap. A cultura hip hop prolifera na capital paraense, e a performance de Black MC, músico e compositor de Ananindeua mas que frequenta a cena belenense, prova isso. O rapper se apresentou no dia 19 de março no evento do selo Uka Uka Records intitulado Música Organizada na Periferia.
Ele apresentou uma inusitada mistura de trap, um novo estilo do rap, com o tecnomelody paraense que deixou todos no recinto admirados. Black MC vem se destacando por essa mistura inusitada que ele vem elaborando em parceria com o produtor e DJ Proefx, de Belém.
Com quase 40 anos de idade, Black MC, que também é conhecido como Tio Black, já trilhou uma árdua carreira no rap de periferia. E por falar em MBGC, ele foi influenciado pelo grupo pioneiro do hip hop paraense. Ele tomou iniciativas de desenvolver festivais e mostras de rap em seu município: Ananindeua, onde mora até hoje.
Nessa trajetória, Black MC também aperfeiçoou a sua rima e a sua composição. Misturando ritmos e gêneros musicais ele inovou e criou um novo sub-gênero. Foi assim que ele chegou no trap no brega, uma música que mistura os elementos do novo rap com a batida do tecno melody.
“Treme” a faixa título do seu novo EP, que foi aprovado pelo edital da Lei Paulo Gustavo de Ananindeua, realmente impressiona pela inovação da mistura. As pessoas ficaram visivelmente impressionadas com a performance do artista nessa faixa e em outras que também adotam essa fusão de gêneros.
A nova faixa foi produzida pelo DJ e produtor musical Proex estará no novo lançamento do artista que sairá ainda esse ano pelo Selo Uka Uka Records do produtor cultural Nicobates.
